sexta-feira, 11 de setembro de 2009

EM DEFESA DE UM CAMELÓDROMO QUE SIRVA À CIDADE!!


A construção do CPC (Centro Popular de Compras – Camelódromo) é uma vitória dos camelôs e da cidade. Mas o sucesso desse empreendimento depende muito do tipo de tratamento que será dado pela Prefeitura, pelos camelôs e por todos aqueles que querem ver o camelódromo vingar.

Quando começou o debate da viabilização do camelódromo nunca nos colocamos contrário a sua construção. Sempre fizemos esse debate com muito afinco e esperança de que enfim conquistaríamos um espaço para a prática do nosso trabalho. Muitas questões avançaram, a começar pela localização e o formato horizontal definido para a construção, mas há situações que retrocederam e outras que se quer foram encaminhadas.

Num momento de turbulência da economia mundial, o próprio Governo Federal tem afirmado que é preciso fomentar a economia para aquecer o mercado e evitar o aumento do desemprego, o Governo Estadual tem reduzido o IPI para combater e evitar uma débâcle na economia estadual, e a Prefeitura o que está fazendo?

Não esqueçam que por trás de nós há toda uma cadeia produtiva que precisa ser fomentada. O CPC para alcançar resultados positivos necessita passar por uma maturação. A população ainda precisa apropriar-se adequadamente desse instrumento que foi inaugurado apenas há dois meses, pois será necessária uma mudança de hábitos e de costumes. O tipo de comércio que praticamos caracterizou-se por uma “relação de ocasião”, ou seja, ao passar pelas ruas as pessoas deparavam-se com nossas mercadorias e faziam suas compras. Hoje estamos dentro de um estabelecimento que faz com que as pessoas tenham que ir até o nosso encontro, e isto é diferente do que estavam acostumados a população e os camelôs. Os volumes de nossas vendas caíram drasticamente, há situações de trabalhadores em que as transações realizadas sequer conseguem bancar a alimentação do dia, a mercadoria tem prazos para serem pagas. Os espaços precisam receber acabamentos como piso, balcões e vidraças para tornarem-se receptivos e atraentes aos nossos clientes. Tudo isso é investimento e que não foi pouco!!!

Além disso, consideramos um absurdo os altos valores de locação com previsão de reajuste para o mês de março; a não realização de sorteio dos estandes como havia ficado definido; a falta de padronização para o tamanho dos estandes; a concepção inadequada da construção que inviabiliza a plataforma “B”, agravada pela não observação da obrigatoriedade do público ter que passar por dentro do camelódromo para chegar ou sair de dentro do terminal de ônibus, conforme acertado no Projeto aprovado na Câmara Municipal.

Portanto, para sanar as dificuldades iniciais, garantir o sucesso do camelódromo e evitarmos que muitos camelôs sejam obrigados a abrir mão de seu espaço e retornar as ruas, reivindicamos:

  • diminuição do valor cobrado pelas locações dos estandes;
  • prazo de um ano de carência para o pagamento de locação. Os valores a serem arrecadados com os banheiros e com o futuro estacionamento poderão tranquilamente servir para isso;
  • definir espaços para publicidade que poderiam ser explorados por grandes investidores, afim de criar outra fonte de arrecadação;
  • remodelação da estrutura predial a fim de garantir a obrigatoriedade do público ter que passar por dentro do camelódromo para chegar ou sair de dentro do terminal de ônibus;
  • administração do camelódromo pelo Conselho Gestor e não pela SMIC;
  • não a obrigatoriedade do pagamento pelo cadastramento do auxiliar;
  • não aceitar a exigência de cobrança sindical do auxiliar proposta pelo sindicato.

Juliano, Neca e Viviane

Representantes do camelódromo

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